Carrionites, Haemovores – Os nossos monstros existem! (II)

15-10-2014 19:21

Depois de já termos as histórias de fantasmas e lobisomens explicadas pelas viagens do Doctor ainda podemos arrancar mais alguma informação das origens alienígenas – ou não – dos seres que invadem grande parte do terror que conhecemos.

E o que seria de todos estes monstros e histórias se não tivéssemos pelo meio umas bruxas? Aqui temos até uma boa explicação para alguns dos preconceitos que temos com estes seres. A imagem típica de uma bruxa é facilmente reconhecida (influência da Disney ou não): uma velha, cabelo desgrenhado, nariz adunco, queixo proeminente e de preferência com uma verruga grande e peluda na ponta do nariz. Mas se conhecermos as Carrionite e as suas características se calhar conseguimos perceber um bocadinho melhor de onde nos vêm essas imagens feitas.

São seres cuja forma primária é uma espécie de corvo mas que conseguem adaptar o seu corpo para outras formas, incluindo as humanas. A energia necessária para uma transformação desse calibre é tanta que o resultado final tem alguns “defeitos”: a pele fica enrugada, o corpo mais curvado, basicamente ficamos com um uma forma humana mais velha.

 

 

Curioso também é que as capacidades demonstradas são baseadas em palavras, da mesma forma que as bruxarias têm sempre um Abracadabra para que as coisas aconteçam. E logo onde é que tudo isto aparece e acontece? The Shakespeare Code! Com um Expelliarmus da “Good old J.K.” a ter uma participação numa recitação dele e tudo! Mas no fim as três Carrionites libertadas pelas palavras de Shakespeare são aprisionadas novamente numa pequena bola de Cristal – que inclusivamente vemos em The Unicorn and the Wasp num baú de recordações do Doctor.

 

 

Mas depois de bruxas, lobisomens e fantasmas não poderiam faltar os vampiros. Estes são uma espécie de evolução a partir dos humanos que agora se alimentam de sangue humano (embora também se possam alimentar com água do mar porque o conteúdo de sal que eles precisam está presente em ambos).

 

 

São, tal como os conhecemos, seres muito fortes, muito resistentes, telepatas, à prova de bala, e cuja única fraqueza e possibilidade de morte é uma estaca no coração. Claro que a forma de protecção contra estes seres não poderia escapar muito àquilo que sabemos, e embora não falem em alho, a fé é algo que por algum motivo os perturba.

E mais uma vez vemos a relação destes seres com o que temos hoje, pois foram exactamente estes Haemovores que andando pelos lados da Transilvânia acabaram por chegar aos ouvidos de Bram Stoker e o  inspiraram no seu grandioso Dracula.

No fim de todos estes monstros conseguimos fazer um cruzamento fácil entre o nosso mundo e o mundo por onde o Doctor passeia. Afinal as nossas histórias não são assim tão fantasiosas, não são todas fruto do desconhecido que nos leva a ver coisas. Estas coisas existem, só precisamos de ouvir o Doctor para sabermos ao certo o que são.

Artigo da autoria de Júlia Pinheiro, colaboradora externa do Whoniverso.