Novidades fresquinhas

É oficial. Temos data, temos trailer, temos curiosidade nos píncaros.

Agora sim, podemos começar a desesperar porque o dia 19 de Setembro nunca mais chega! Para quem já anda à espera há uns bons meses não podíamos ter melhor notícia para nos animar a vida.

E não chegou só a nossa curiosidade natural de whovian como ainda tiveram de a espicaçar com um trailer dos mais ricos que já vi. Está qualquer coisa de interessante, aliciante e ao mesmo tempo tão cheio que nem sei bem o que pensar de metade dele.

O que se vê tem momentos muito variados, momentos psicadélicos juntamente com momentos obscuros, e tanta gente a aparecer, mas tanta.

Já se sabia da presença de algumas personagens mas vê-las realmente em cena torna o caso completamente diferente. Vamos que a Clara continua por lá a fazer a sua vidinha, para agrado e desagrado de muitos; a Missy já tinha sido confirmada para esta nova temporada – e de outra maneira não podia ser, uma personagem destas nunca se poderia desperdiçar- agora exactamente como volta e o que virá tramar vamos ter de esperar para ver.

Mas não só caras conhecidas: já tínhamos tido a confirmação de Maisie Williams – Arya Stark de Game of Thrones – mas no pequeno pedaço que fecha o vídeo deixa muita curiosidade pendente. Um reconhecimento desta nova personagem com um Doctor, como se amigos de longa data se tratassem: o Doctor incrédulo, ela num misto de gozo e despique com um “What took you so long, old man!”. Isto deve ser das coisas que mais comichões me está a dar para a nova temporada. Quem é ela e o que trará de novo? Aguardemos, já que não podemos fazer muito mais.

Sítios estranhos, uma espécie de esgoto com luzes que se vão apagando (nunca consigo ver coisas destas sem pensar em Vashta Nerada. Será?), mãos que saem do chão da mesma maneira como já vimos em Death in Heaven com os Cybermen (Mr. Pink para um reencontro?), seres novos com aspecto duvidoso, muitos com ar fantasmagórico, outros com um ar demasiado assustador para o programa de televisão de crianças por onde tudo começou (aquele tipo com uma espécie de duas caras fundidas! Nem sei!), e vários dos nossos amigos mais antigos, sejam eles Dalek ou Zygon. O que é que junta tanta coisa em Doctor Who? Não se sabe, mas Doctor Who é a série mais imprevisível que podemos ter. Tão depressa estamos nesta galáxia como noutra, tão depressa vemos o início do Universo como o fim. Ainda nos espantamos com estas brincadeiras que fazem com as nossas emoções? Sim. Já estamos à espera delas? Claro que sim!

Depois há frases perdidas que se ouvem e que nos deixarão a fazer todos os cenários e mais alguns de qual o contexto de onde saíram. Ouvir na voz do Doctor um : “I want to kiss it to death.”? É uma frase que vai pegar, não tenho a mais pálida dúvida e então se tiver um bom motivo, e quem queremos enganar, é o Doctor: claro que vai ter um bom motivo.

Mas nem tudo é pesado e cheio de mistério: um ar fresco no nosso Doctor que nos aparece de óculos escuros, guitarra nas mãos e um ar inconfundível de Rock Star é um pedaço que vou estar realmente à espera na série. O Doctor cansa-se de percorrer o Universo a salvar pessoas e troca essa vida pela vida de músico. Não? Também não me parece mas uma versão mais descontraída no Doctor de Capaldi está a fazer falta e pode muito bem ser nesta temporada que as coisas tomam outro rumo.

E se depois de River Song dar um puxão de orelhas ao Doctor, em The Wedding of River Song, sobre o que quer dizer a palavra Doctor nas várias civilizações e qual a culpa do Doctor nessas mesmas definições, aqui temos uma frase forte que nos acompanhará inevitavelmente:

“I am the Doctor and I save people.”

Mais uma bandeira para o mundo Whovian usar orgulhosamente, sem dúvida, mas uma frase que diz muito, que é demasiado verdadeira quando pensamos nela mais a fundo. A Missy anda pela próxima temporada, assim como vários inimigos do Doctor – como andam sempre. Quais os que irão conseguir arrancar esta frase pela voz do Doctor?

Por agora especulação: o que se passará, qual é a ligação das várias coisas que vimos? Faltam dois meses e para quem está habituado a esperar não vai ser agora que desesperamos. Vamos entretendo os nossos cérebros com as teorias do que se passa. Será que acertamos?  

Artigo da autoria de Júlia Pinheiro, membro da equipa Whoniverso